terça-feira, novembro 29, 2016

Contributo para um estudo sobre o conceito de normalidade: de REO Speewagon a Bon Jovi

Não sou sociólogo, pelo que também não sei se cabe à sociologia explicar o que são comportamentos normais. Ser normal. Se calhar, cabe à psicologia.

Lobo Antunes escreveu "A morte de Carlos Gardel".

Carlos Gardel era um portentoso compositor de Tangos. Isto, para quem não saiba, não esclarece se era Bartender ou Músico.

Vamos partir do princípio que era Bartender. O Tango é uma bebida composta por cerveja e groselha. Num como, vertem-se cerca de dois dedos de groselha. Depois, mistura-se a cerveja.

Dá um ar "amaricado", mas serve perfeitamente para acompanhar uma interpretação de "Por una cabeza". É ver o "Perfume de Mulher".

Dito isto, nesta composição que se assemelha a algo escrito por John Doe, do Seven (What's in the box?), quero concluir com uma questão, o que é, igualmente, normal.

Como apreender o grau máximo da lamechice? A lamechice é-me cara, uma vez que a exerço. Com veemência.

Lembrei-me de REO Speedwagon e Bon Jovi. Lembrei-me de I Can't Fight this Feeling e Always.


quarta-feira, novembro 16, 2016

Da Representação Voluntária em Direito Civil

Algures nos anos 90, Pedro Albuquerque, filho de Ruy, decide doutorar-se em Direito e inicia a escrita da sua tese, cujo título supra reproduzo. Trata-se de uma obra fascinante, bem documentada, precisa, capaz de resolver os inúmeros problemas que a disciplina da representação traz. Pessoalmente, não seria capaz de ter concluído a minha licenciatura sem me ter cruzado com tão estimulante escrito.

Com o que acabo de escrever, duas coisas podem acontecer:

a) os motores de pesquisa passaram a incluir este texto quando alguém pesquisar por "Representação Voluntária";

b) Quem me ler, desistir.

As fotografias têm a faculdade de se inserir na previsão da norma constante de um qualquer artigo que fala em Documentos.

Estive a ver umas poucas em que consto.

Passam-se anos, quilos, pessoas. Já quase nada do que ali vi existe, no sentido que gosto de dar à existência. Foram-se as pessoas e os anos. Os quilos, como um conhecido da primária que engraçou connosco e de quando em vez quer ir lá jantar a casa, vieram.

Tudo bem, se gosto de chanfana, pago o preço. Se aprecio coisas que não saem de mim sem ginásio, ora pois.

O que mais me fascina é a roupa. A roupa, juntamente com a qualidade da imagem, é o principal GPS para localizar o evento e momento no tempo.

E nem aí. Nem. Aí.

Lembro-me de ficar melhor em roupa menos cara do que agora. Há uma foto específica, tirada numa noite que me recordo perfeitamente, que é fatal. Uma camisa que já não existe, umas calças que me servem, não em duas, mas uma perna, e um blusão, que resistiu.

Pedro de Albuquerque, que percebe tanto de representação, nunca me sossegou e escreveu sobre a representação nas fotografias. O Direito pouco diz sobre a passagem dos anos, quilos e pessoas.

Hoje mesmo, precisamente hoje, uma fotografia passou a fazer parte do passado.

Até há umas largas horas, era só uma fotografia com meses. E poucos. Agora, é uma fotografia tão válida como a de uma criança, que agora tira o Doutoramento.

Doutoramento que Pedro de Albuquerque começou a concluir nos anos 90.

quarta-feira, novembro 09, 2016

E agora, uma análise rigorosa sobre as eleições americanas e a ascenção de Trump

A perspectiva democrática anda pelas ruas da amargura.

a) Enquanto advogado, vou votar em branco para a eleição de bastonário.

b) Enquanto cidadão de Almada, creio ir votar em branco para Presidente de Câmara.

c) Se fosse sócio do Sporting, daqueles que até pode votar, votava em branco.



Foi o branco que decidiu a eleição de Trump.