quinta-feira, março 30, 2017

Erros de percepção, sejam mútuos ou não

"Centeno rejeitou ter mentido na polémica sobre as declarações de rendimento e património da equipa de administradores da CGD liderada por António Domingues. Admitiu, contudo, um "erro de percepção mútuo", que levou Domingues a acreditar que a sua equipa estaria isenta de entregar aquelas declarações ao abrigo das alterações ao Estatuto do Gestor Público."

in: aqui 

Depois desta célebre expressão, que supra transcrevo, vieram a terreiro centenas (para ser conservador) de "tudólogos" explicar que isto não existia. Que um erro de percepção nunca pode ser mútuo", uma vez que a percepção é feita por uma pessoa, ou até mais, não pode é ser mútuo, porque, se uma pessoa explica, a outra percebe ou não, mas não podem as duas "não perceber".

Mantive-me céptico.  As possibilidades são infinitas e, como dizia o Dr. Malcom, "life finds a way".

Na passada terça-feira, life found a way.

O Samsung que me acompanha há três anos tocou. Do outro lado, uma voz. Dizia a mesma que trazia feedback positivo e que, qual encontro à americana que correu bem, queriam voltar a falar comigo.

O que sucedeu? Um erro de percepção mútuo. Na conversa que tive, uma conversa a três, para ser rigoroso, comprova-se que ninguém percebeu "ponta de corno". 

Pela minha parte, claro que não percebi o iter da converseta. Pela parte deles, não perceberam a verdade dos factos.

(E sim, estou a ser propositadamente vago).

Ergo, 

Erro de percepção mútuo.

O me quererem ver novamente, erro de percepção. Violadíssimo o princípio da causalidade. É como accionar o seguro sem sinistro.

O ser chamado, erro de percepção. Violadíssimo o princípio da culpa. É preciso ter consciência. Deixei-a em casa.

De parte a parte.

É mútuo.

Enfim, foi giro.